Cidade ocupa a 42ª posição, segundo novos dados do Censo 2022; veja a colocação dos outros municípios da região
Americana está entre as 50 cidades do País com maior taxa de alfabetização. Conforme dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta sexta-feira (17), a cidade ocupa a 42ª posição nesse quesito.
O levantamento considera pessoas de 15 anos ou mais. Em Americana, 98,33% dessa população – 195.206 habitantes – é alfabetizada, melhor índice entre os municípios da RMC (Região Metropolitana de Campinas).
Diretora pedagógica do Instituto Educacional de Americana, Carla Miranda elenca fatores que podem explicar esse cenário, como a quantidade de escolas e a facilidade do acesso a elas.
Carla aponta que a alfabetização ocorre no início do ensino fundamental, mas o estímulo ao letramento deve começar ainda no maternal.
“Aquela massinha, aquele brinquedo, aquela atividade lúdica que a gente faz na educação infantil, são estímulos ao letramento, a essa alfabetização. Então, começa muito cedo”, diz.
Ela também destaca que, além de simplesmente saberem ler e escrever, as pessoas também precisam ser “letradas”.
“Letrado é aquele que lê, interpreta texto, sabe produzir um bom texto e sabe argumentar as coisas boas e as coisas que não são boas na vida”, afirma.
O secretário municipal de Educação, Vinicius Ghizini, comemorou o resultado apresentado pelo Censo 2022.
“Nós temos feito um investimento sistemático nesse ciclo de alfabetização. Durante a pandemia, insistimos na busca ativa, na adoção de um sistema de ensino, de um sistema apostilado, num plano de recuperação de aprendizagem.”
Ele ressalta, ainda, que Americana já tem um histórico de excelência na área de educação. “Nós temos conseguido aprofundar ainda mais nos últimos anos”, complementa.
Faixa etária
No município, a faixa etária com maior taxa de alfabetização é dos 20 a 34 anos, com 99,54%. O menor índice está entre os idosos de 80 anos ou mais, com 87,2%. De acordo com Carla, com o passar do tempo, a educação passou a ser mais valorizada.
“A população mais jovem sabe que precisa ir à escola, ser alfabetizada, precisa de um estudo para garantir um emprego, para que as portas das profissões se abram para ela. As pessoas mais jovens convivem com isso e já têm esse conhecimento”, comenta.
A título de comparação, no Brasil, a taxa de alfabetização aumentou de 90,4%, no Censo 2010, para 93%, em 2022. No Estado de São Paulo, o índice atingiu 96,9%.
POSIÇÃO | MUNICÍPIO | TAXA DE ALFABETIZAÇÃO |
1º | São João do Oeste (SC) | 99,1% |
2º | Westfália (RS) | 98,95% |
3º | São Caetano do Sul (SP) | 98,84% |
4º | Rio Fortuna (SC) | 98,84% |
5º | Balneário Camboriú (SC) | 98,81% |
6º | Águas de São Pedro (SP) | 98,76% |
7º | Bom Princípio (RS) | 98,72% |
8º | São Vendelino (RS) | 98,67% |
9º | Salvador das Missões (RS) | 98,66% |
10º | Florianópolis (SC) | 98,64% |
42º | Americana (SP) | 98,33% |
108º | Nova Odessa (SP) | 97,87% |
220º | Santa Bárbara d’Oeste (SP) | 97,41% |
388º | Hortolândia (SP) | 96,93% |
558º | Sumaré (SP) | 96,5% |